domingo, 9 de março de 2014

A longa estagnação


sábado, 8 de março de 2014

Algumas reflexões sobre a estagnação de longo prazo da economia brasileira.


"... A nossa estrutura de icentivos me parece claramente errada. Uma sociedade com uma estrutura burocrática absurdamente complexa e um dos piores ambientes de negócios do mundo já teria motivos suficientes para desestimular potencias empreendedores, mas é pior. As principais universidades brasileiras funcionam como grandes repartições públicas incapazes de se conectar com o mercado, para complicar ainda mais estas universidades são gratuitas e atraem os melhores estudantes tornando muito difícil o desenvolvimento de universidades privadas de excelência. Desta forma um dos canais de inovação está simplesmente desconectado no Brasil. Mas a coisa fica ainda pior. O governo brasileiro é quase um monopolista dos meios de financiamento do investimento. Os bancos públicos tem condições de oferecer crédito barato financiado pelo Tesouro e com isto capturam o mercado e de quebra desestimulam a captação de recursos nas bolsas de valores. Sobra ao empreendedor recorrer a financiamento público, este financiamento é dificultado pela burocracia inerente ao setor público e pelos objetivos políticos dos governantes de plantão. O excesso de burocracia afasta o pequeno empresário com uma idéia genial, fossem Bill Gates e Steve Jobs brasileiros provavelmente a Microsoft é a Apple teriam morrido nas mãos das exigências de algum burocrata. O uso político inibe o grande empresário disposto a adotar uma tecnologia que destrua mercados consolidados. Quais as chances de um empresário brasileiro conseguir um financiamento do BNDES para adotar uma tecnologia que destrua o mercado de frigoríficos?
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