terça-feira, 29 de outubro de 2013

A "cubanização" de Venezuela



Banco Central da Venezuela confirma que não há farinha, óleo, leite, açúcar, manteiga, sabonete...


Nicolás Maduro não consegue dar a volta à crise e vê-se obrigado à importação. A inflação vai chegar aos 50%
Os inspectores do banco fizeram uma listagem dos produtos que podem ser comprados nas lojas de Caracas e concluíram que há "sérios problemas de abastecimento", tão sérios que ao problema tem de se chamar "escassez".
Em 98,8 de cada grupo de 100 lojas de Caracas faltava óleo de milho; em 84,3 faltava leite; em 80,8 faltava açúcar; em 73 farinha de milho; em 64,3 farinha de trigo; em 58,4 não havia manteiga. Outros produtos difíceis de encontrar: carne de bovino, queijo, margarina e frango.
No campo dos produtos de higiene os dados oficiais também mostram carência, com falta de papel higiénico (em Setembro não havia este produto em 79 de cada cem lojas de Caracas), de champô, de sabonete e de pasta de dentes. "Esta é uma economia em que a oferta e a procura estão divorciadas", dizia ontem o jornal venezuelano El Universal na sua edição online.
Os analistas explicam que esta escassez se deve a muitos factores, a maior parte deles relacionados com a gestão do país. E, em primeiro lugar, põem a política de controlo dos preços por parte do Governo, que desmotivou os produtores e fez baixar os níveis de produção - um controlo que tem sido mantido e que deverá continuar, porque é a única forma de o Governo lidar com a inflação, que já vai em 48% e deve chegar aos 50% no fim do ano; a previsão para 2013 era de 14-15%.
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