quarta-feira, 17 de julho de 2013

Em tempos de hiperglobalização

Globalização em tempo de mudança

Autor(es): Martin Wolf
Valor Econômico - 17/07/2013

Protecionismo é o cão que não latiu. Apesar da enorme crise financeira, a tendência para a integração da economia global continuou. Isso é certamente notável. Então, por que isso aconteceu? Será que vai durar? E o que ainda precisa ser feito?
O investimento estrangeiro direto e o comércio cresceram bem mais rápido do que a produção mundial desde 1990, tendo o IED crescido mais rápido até mesmo do que o comércio. O estoque de IED subiu de 9% da produção mundial em 1990 para 33% em 2012; as exportações de bens e serviços passaram de 20% da produção mundial para 31%. Em 2012, esses percentuais ficaram ainda acima de onde estiveram antes da crise financeira. Como Arvind Subramanian e Martin Kessler apontam em instigante estudo, tanto o comércio como o IED também estão substancialmente maiores, em relação ao PIB mundial, do que em qualquer momento anterior, sendo os bens e os serviços cada vez mais livremente negociados.*
A "hiperglobalização" contribuiu enormemente para os países emergentes aproximarem-se dos padrões de vida dos países de alta renda, em uma "grande convergência". Até a década de 1990, apenas cerca de 30% do mundo em desenvolvimento (21 de 72 países) conseguiram eliminar suficientemente o atraso e alcançar a fronteira econômica (os EUA) - e a taxa de avanço foi de cerca de 1,5% per capita por ano".
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