terça-feira, 21 de agosto de 2012

Confronto

gilberto dimenstein

16/08/2012-08h17

Greve remunerada é férias

Reitores decidiram contrariar a orientação do governo: não vão cortar o ponto dos grevistas. Não vão enviar ao governo a relação das faltas.
Natural a reação dos reitores: afinal, eles são eleitos pelo voto da comunidade acadêmica, agindo não como defensores do patrimônio público, mas de seus eleitores.
A verdade simples é a seguinte: fazer greve é um direito. Mas greve remunerada ( e aqui com dinheiro público) não é greve. É apenas férias.
Estamos assistindo um descalabro com dinheiro púbico: a apropriação crescente dos recursos públicos pelo lobby de servidores, muitas vezes travestidos de projetos ideológicos - mas, de verdade, revelam jogos de poder no ambiente sindical, onde partidos sem a menor expressão eleitoral acabam ditando as regras.
Já pagamos quatro meses por ano de salários para manter governos inchados, ineficientes e corruptos, onde quase não existe promoção por mérito. Acha-se normal a reivindicação em algum segmentos do funcionalismo - Polícia Federal - de um salário inicial de R$ 12 mil. O que não se paga nem nas melhores empresas privadas, dessas disputadas por dezenas de milhares dos melhores estudantes.
Quanto mais vamos ter de pagar?
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