quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Perpectivas 2012

2012
Perspectivas da Economia Mundial
Antony P. Mueller
The Continental Economics Institute (CEI)
1. Atividade econômica
A recessão continua nos Estados Unidos e na Europa. Junto com o Japão as grandes economias mundiais estão na crise. Passo a passo esta crise está afetando também os países emergentes.
A crise se manifesta atualmente na crise da dívida soberana. Mas vale lembrar que a origem da miséria econômica foi a crise no mercado de imóveis nos Estados Unidos. A dívida soberana atingiu a faixa crítica por causa do impacto da crise nos mercados financeiros que provocou gastos exorbitantes dos governos no mesmo tempo quando a receita com tributos baixou por causa da recessão.
Entretanto os efeitos da crise global estão mais desastrosos na periferia da zona de euro. Grécia esta experimentando uma forte recessão e se mostra incapaz de pagar sua dívida pública sem ajuda do Fundo Monetária Internacional e do Fundo de Estabilidade Financeira da União Europeia. As condições da entrega destes pacotes financeiros demandam um forte corte dos gastos públicos na Grécia. Assim a crise financeira se manifesta também numa crise econômica e atualmente cada vez numa crise social.
Durante os últimos meses a crise financeira piorou quando começou de afetar negativamente o refinanciamento da dívida pública de Itália. Junto com a Espanha uma crise grave destes dois países excederia a capacidade de ajuda financeira do FMI e da União Europeia e provocaria extremas turbulências na economia global com a consequência de uma recessão profunda da economia global.
Entretanto as expectativas negativas atrapalham a atividade econômica não somente nos países em crise. As perspectivas para uma rápida recuperação da economia global permanecem negativas.

2. Comércio internacional
A necessidade de terminar com os desequilíbrios no comércio exterior que se manifesta nas cifras da conta corrente do balanço de pagamento em muitos países afeta negativamente a perspectiva para o comércio internacional. Uma grande parte do crescimento econômico na China depende do setor externo e manter um superávit no comércio exterior requer déficits em outras regiões. No passado foram principalmente os Estados Unidos de absorver o superávit chinês. Com a continuação da recessão nos Estados Unidos a China está confrontada com o desafio de encontrar outros destinos além dos países avançados dado que também Europa sofre da atividade econômica fraca e assim vai reduzir sua demanda de importações.
Por enquanto Alemanha podia ainda manter sua posição como os segundo maior exportador mundial devido a substituir as exportações para os países europeus e os Estados Unidos com exportações para os países emergentes.
Dado a urgência de reduzir a dívida pública não somente na Europa, mas também nos Estados Unidos e na Japão, a pressão aumenta de compensar a fraca conjuntura interna nestes países com exportações. Assim novos conflitos estão programados no comércio internacional. Entre as primeiras manifestações do ambiente mais conflituoso na arena do comércio internacional contam a crítica massiva dos Estados Unidos da política cambial de China e as lamentações sobre uma “guerra cambial” lançada por o Brasil.
A preocupação que alguns países da zona de euro podiam abandonar a moeda comum contribui ainda mais para assombrar as expectativas com o comércio internacional. 

3.      Preços
Desembargo de políticas monetárias extremamente expansivas implantadas nos Estados Unidos, na Europa e no Japão em uma imensa esforça de conter a crise financeira global, a inflação ainda se mantém relativamente moderada no cenário internacional.  O banco central americano continua praticar uma política monetária que combina taxas de juros quase de zero por centos e aumentou recentemente a sua atividade de monetizar a dívida pública americana. Em face da crise da dívida soberana europeia que começou de afetar países de grandes economias como Espanha e Itália, o Banco Central Europeu também iniciou um programa de monetização da dívida comprando títulos de governos países que sofreram uma alta de taxa de juros no processo do refinanciamento da dívida. Assim a liquidez mundial continua em alta e aumenta o risco de consequências inflacionárias em uma dimensão que podia mostrar-se muito difícil de controlar no futuro.
Até agora as forças anti-inflacionárias das últimas décadas continuam funcionar embargo com menos impacto.  Entre estas fatores que ajudaram de conter a inflação contam os ganhos da produtividade que chegaram com as novas tecnologias, a intensidade da concorrência global e a oferta de trabalho barato especialmente na China e no Leste de Europa. Em combinação com a política monetária de metas de inflação em muitos países o mundo experimentou uma prolongada fase de inflação controlada.
Com a reorientação das políticas monetárias em favor de combater a recessão conjunto com o enfraquecimento do progresso tecnológico e com o uso da oferta de mão de obra barata perto do seu limite, a inflação mundial esta entrando numa trajetória de ascensão. 

4.      Mercados
Os leilões de debentures de Alemanha e Itália no Novembro 2011 mostraram que não apenas os pequenos países da periferia estão em perigo, mas também as grandes econômicas. É bem provável que esta tendência vai continuar durante 2012 e provocar um clima de angustia com taxas de juros mais altas para os Estados Unidos, Japão e os países na Europa. Este cenário pode-se tornar ainda mais problemático quando a contração de crédito está acompanhada do aumento da inflação.
Este tipo de ambiento não vai permitir um grande avanço de ativos financeiros. Seletividade vai ser cada vez mais importante. O mercado está no processo de se tornar altamente heterogênico produzindo uma convivência quase irracional de ativos extremamente sobrevalorizados ao lado de ativos extremamente subvalorizados. O tempo do “stock picker” voltou.

5.      Conclusão
Nada é mais como foi. Nada é mais normal como foi. Estamos na era do “novo normal” onde os critérios do passado não valem mais muito. Quando no passado até recentemente ir com as massas e seguir o rebanho se mostrou como boa estratégia nos mercados financeiros, o mesmo hoje é uma receita para o desastre. Quando no passado era uma boa aposta de esperar ajuda do estado, hoje em dia se vai esperar em vão. Quando no passado títulos do governo foram os mais seguros, hoje podem facilmente mostrar-se como podres. Quase todos os governos estão já tecnicamente na situação da bancarrota. Isto é a grande diferença que marca o novo período. A atuação do setor público está além do seu zênite e de agora em diante o “novo normal” é o processo da extinção do estado. Isto significa uma mudança radical da política, da sociedade e consequentemente dos mercados financeiros. Quem mais rápido aprende esta lição tem maior chance para lucrar. 
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Este texto está no estádio de rascunho - gostaria de agradecer por seus comentários aqui no blog ou por e-mail: antonymueller@gmail.com

PIB brasileiro em estagnação

Economia brasileira continua estagnada no início de 2012, diz estudo

efe
Em quarta-feira 30/11/2011, às 15:31

Rio de Janeiro, 30 nov (EFE).- O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou estagnado no terceiro trimestre de 2011 e vai manter um crescimento inferior a 1% nos primeiros meses do próximo ano, afirma um relatório de perspectivas apresentado nesta quarta-feira pelo banco Santander.
"Há uma grande possibilidade de que o PIB seja negativo no terceiro trimestre de 2011", disse o economista-chefe da divisão brasileira do Santander, Mauricio Molan, para quem a retração da economia brasileira se situará em torno de 0,2%.
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Expansão de liquidez monetária na escala global

BCs anunciam ação coordenada para aumentar liquidez dos mercados

São Paulo – Os Bancos Centrais mais influentes do mundo anunciaram nesta quarta-feira uma ação coordenada para aumentar a capacidade de prover liquidez para o sistema financeiro global. A medida irá reduzir o custo de captação de dólares dos bancos fora dos Estados Unidos ...

"O propósito dessas ações é aliviar as tensões nos mercados financeiros e assim mitigar os efeitos na oferta de crédito", diz o comunicado .. Mais

Taxa de desemprego no Brasil

Desemprego nas 7 regiões metropolitanas cai a 10,1%

agenciaestado
Em quarta-feira 30/11/2011, às 10:10

A taxa de desemprego nas sete regiões metropolitanas que fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou queda, ao variar de 10,6% em setembro para 10,1% em outubro. Este é o primeiro recuo após seis meses de relativa estabilidade.
A queda também foi observada na comparação anual, uma vez que, em outubro do ano passado, a taxa estava em 10,8%.
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Taxas de juros no Brasil no topo

Para Brasil sair do topo do ranking de juros reais, Selic teria de cair 3,5 pontos
infomoney
Em quarta-feira 30/11/2011, às 12:40

SÃO PAULO – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central divulga, nesta quarta-feira (30), a nova taxa básica de juro da economia, a Selic. A maior parte dos analistas prevê um corte de 0,5 ponto percentual, para 11% ao ano, mas, mesmo assim, o Brasil deve se manter no topo do ranking de países com a maior taxa de juro real do mundo.
Para perder este posto, de acordo com estudo preparado pelo analista econômico da Cruzeiro do Sul Corretora / Apregoa.com, Jason Vieira, a Selic deveria cair 3,5 pontos percentuais, passando para 8% ao ano.
CenáriosSe o Copom confirmar as expectativas e reduzir os juros para 11% ao ano, a taxa de juro real do Brasil ficaria em 5,1% a.a. e continuaria como a maior do mundo.
Se houver queda de 1 p.p., a taxa iria para 4,7% a.a. A tabela abaixo mostra diferentes cenários e inclui também o improvável corte de 3,5 pontos percentuais, que tiraria o Brasil do topo da lista:
Ranking de juros Reais
PosiçãoPaísredução de 0,5 ponto PosiçãoPaísredução de 1 ponto PosiçãoPaísredução de 3,5 pontos
1ª  Brasil 5,1% Brasil 4,7%
Hungria 2,5%
Hungria 2,5% Hungria 2,5% Brasil 2,3%
Indonésia 1,5% Indonésia 1,5% Indonésia 1,5%
Chile 1,5% Chile 1,5% Chile 1,5%
México 1,3% México 1,3% México 1,3%
Quedas de juros reaisDe acordo com o ranking, houve redução dos juros reais no Brasil desde a medição anterior. A queda aconteceu por conta da elevação nas projeções de inflação futura, devido às altas de preços que ocorreram recentemente, especialmente dos alimentos.
O ranking aponta que, em outros países, o índice de alimentação e energia também pesou na última medição, por conta das crescentes elevações das projeções de inflação.
Fonte

Meta de superávit primário

Brasil deve fazer nova emissão de títulos, diz Augustin

... Segundo o secretário do Tesouro Nacional, o Brasil atingirá a meta de superávit primário em 2011, de 3,10% do Produto Interno Bruto (PIB). "Já atingimos 94% da meta de 2011. Para 2012, teremos uma manutenção da meta prevista para 2011.
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Eurogroup quer incluir FMI no resgate

Europa concorda em ampliar fundo de resgate e pode recorrer ao FMI

BRUXELAS/MILÃO (Reuters) - Os ministros das Finanças da zona do euro concordaram em ampliar o fundo de resgate da região, mas não disseram em quanto, com a possibilidade de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) por mais ajuda diante dos problemas da Itália.
"A situação na Europa e no mundo piorou significativamente nas últimas semanas. O estresse do mercado se intensificou", disse Christian Noyer, presidente do banco central da França e membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE).
"Agora nós estamos olhando para uma verdadeira crise financeira", disse ele durante conferência em Cingapura nesta quarta-feira.
O Eurogroup, que reúne os ministros das Finanças dos 17 países do euro, concordou na terça-feira em um plano detalhado para garantir os primeiros 20 a 30 por cento de emissão de novos bônus para países com dificuldade de financiamento e criar fundos de coinvestimento que atraiam investidores estrangeiros para comprar bônus governamentais.

Taxa de juros em debate

Estudo da Fiesp aponta que governo já pagou R$ 216 bi de juros este ano

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo diz que país não precisaria pagar taxas altas. Alguns economistas dizem que taxa é necessária.

A Fiesp voltou a criticar a taxa de juros no Brasil e apresentou um estudo para dizer que não há motivos para a Selic alta. Muitos economistas discordam.Pelos cálculos do "jurômetro", a ferramenta criada pela Fiesp para mostrar quanto o governo já pagou em juros esse ano, a conta já passou de R$ 216 bilhões. "O momento é de redução de juros, tem todas as condições favoráveis para isso, não há nenhuma razão para que os juros permaneçam elevados”, diz o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
A Fiesp preparou um estudo para defender uma constante reivindicação: a queda dos juros. Um dos argumentos é que outros países com dívidas públicas parecidas com a brasileira em percentual do PIB, como Espanha, Alemanha e Índia, têm taxas de juros bem menores. Menos do que a metade da brasileira, que está em 11,5%.
A Fiesp defende também que o Brasil, um dos poucos países com superávit fiscal primário e com avaliação de risco em queda, não precisaria pagar taxas tão altas.

Entender a crise financeira

We Don’t Face Any Good Options’

Nobel Prize–winning economist Vernon Smith on the financial crisis, Adam Smith’s underrated insights, and his journey from socialist to libertarian.

 Smith: If you think about the housing bubble, buyers, sellers, borrowers, lenders, real estate agents, government regulators—everybody believed that prices would rise and continue to rise. And that is the essence of a bubble. Suppose a regulator in 2003 or 2004 said, “Hey, this thing is not sustainable. We’ve got to do something to stop it.” I think he’d have been fired. If the bubble had been stopped in 2003 or 2004, it probably would have been a lot less damaging. But who’s going to know that?

terça-feira, 29 de novembro de 2011

As 50 melhores cidades para se morar

City Rankings

Mercer Quality of Living Survey - Worldwide Rankings, 2011
RankCityCountry
1ViennaAustria
2ZurichSwitzerland
3AucklandNew Zealand
4
Munich
Germany
5
Düsseldorf
Germany
5
Vancouver
Canada
7FrankfurtGermany
8GenevaSwitzerland
9BernSwitzerland
9CopenhagenDenmark
11SydneyAustralia
12AmsterdamNetherlands
13WellingtonNew Zealand
14OttawaCanada
15TorontoCanada
16HamburgGermany
17BerlinGermany
18MelbourneAustralia
19LuxembourgLuxembourg
20StockholmSweden
21PerthAustralia
22BrusselsBelgium
22MontrealCanada
24NurnbergGermany
25SingaporeSingapore
26CanberraAustralia
26DublinIreland
28StuttgartGermany
29Honolulu, HIUnited States
30AdelaideAustralia
30ParisFrance
30San Francisco, CAUnited States
33CalgaryCanada
33OsloNorway
35HelsinkiFinland
36Boston, MAUnited States
37BrisbaneAustralia
38LondonUnited Kingdom
39LyonFrance
40BarcelonaSpain
41LisbonPortugal
42MilanItaly
43Chicago, ILUnited States
43MadridSpain
43Washington, DCUnited States
46TokyoJapan
47New York City, NYUnited States
48Seattle, WAUnited States
49KobeJapan
49Pittsburgh, PAUnited States
49YokohamaJapan
Fonte

Qualidade da vida nas Américas

Brasília é cidade brasileira mais bem colocada em ranking de qualidade de vida

infomoney
Em terça-feira 29/11/2011, às 13:49

SÃO PAULO - Brasília é a cidade brasileira mais bem colocada em ranking de qualidade de vida, ocupando o 101º lugar. Já Rio de Janeiro e São Paulo ficaram em 114° e 116° lugares, respectivamente. A lista, divulgada nesta terça-feira (29), tem como base a Pesquisa Mundial de Qualidade de Vida Mercer, que considerou 221 cidades em todo o mundo...
Nas Américas, as melhores posições do ranking de qualidade de vida são das cidades do Canadá. Vancouver (5°) possuiu o melhor índice de qualidade de vida, seguida por Ottawa (14°), Toronto (15°) e Montreal (22°). As melhores posições das cidades dos Estados Unidos ficaram com Honolulu (29°) e São Francisco (30°)...
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Qualidade da vida - ranking mundial

Viena é melhor cidade do mundo para se morar, diz pesquisa








1 Viena (Áustria)
2 Zurique (Suíça)
3 Auckland (Nova Zelândia)
4 Munique (Alemanha)
5 Dusseldorf (Alemanha)
5 Vancouver (Canadá)
7 Frankfurt (Alemanha)
8 Genebra (Suíça)
9 Berna (Suíça)
10 Copenhague (Dinamarca)
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Brasil - país dos (novos) milionários

"Boom econômico" transforma 19 brasileiros em milionários todos os dias, diz Forbes

infomoney
Em terça-feira 29/11/2011, às 14:18
SÃO PAULO – O Brasil tem ganhado, em média, 19 milionários a cada dia desde 2007 e este movimento deve continuar nos próximos três anos, de acordo com reportagem publicada pela “Forbes”.
Segundo a matéria, o aumento no número de milionários no País tem sido impulsionado pelo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e pelas altas taxas de consumo verificadas no Brasil.
A expansão do mercado imobiliário brasileiro também tem ajudado a aumentar a riqueza de parte da população, segundo a reportagem.